A primeira escola pública do Brasil com selo sustentável foi inaugurada em maio de 2012 na Vila Brasilândia, bairro situado na Zona Norte da cidade de São Paulo (SP). A Ilha da Juventude entregou um projeto com soluções arquitetônicas e baixo impacto ambiental, que conquistou a certificação AQUA-HQE nas fases programa e concepção.

A Fundação para o Desenvolvimento de Estado da Educação (FDE) – responsável pela rede física escolar da Secretária de Estado da Educação de São Paulo – optou pelo referencial criado pela Fundação Vanzolini devido ao foco que a certificação tem em atender todos os requisitos necessários para a criação de um excelente ambiente para os seus usuários.

Um dos objetivos do projeto foi maximizar o aproveitamento de iluminação natural e conforto térmico, solucionando um dos problemas mais comuns em escolas em relação à temperatura – onde salas de aula são muito frias no inverno e muito quentes no verão.

Trata-se de um projeto essencialmente sustentável e pioneiro para a época, o que representou um grande avanço de qualidade arquitetônica e funcional na busca pela excelência em edificações escolares.

Veja abaixo algumas soluções sustentáveis implantadas na escola Ilha da Juventude.

Sítio e construção: O processo de construção adotou sistemas e produtos sustentáveis, bem como um canteiro de obras adequado. Algumas ações foram tomadas em favor da comunidade, como a criação de bicicletários – para incentivar alternativas de transporte sustentável –, plantio de árvores nativas – criando um espaço externo mais agradável e arborizado, que melhora a qualidade do ar – e otimização da qualidade da vizinhança em geral – garantindo acesso à vista, iluminação natural e diminuindo incômodos sonoros e fontes de poluição e odores;

Eficiência no uso de água: Soluções como sistema de aproveitamento de água de chuva para fins não potáveis e torneiras com acionamento por pressão e arejadores ajudam a reduzir o desperdício do recurso. A escola também aderiu ao Programa PURA, da Sabesp, que incentiva o consumo consciente de água por parte de alunos e usuários que frequentam o local durante os fins de semana;

Energia e atmosfera: Foram empregadas lâmpadas econômicas e um sistema de aquecimento solar de água, que reduzem consideravelmente o consumo de energia elétrica. Além disso, o edifício utilizou recursos arquitetônicos para melhorar o aproveitamento da iluminação natural, diminuindo a necessidade de iluminação artificial dentro das salas de aula;

Gestão de resíduos: A Escola Pública Ilha da Juventude busca estimular a triagem de resíduos para facilitar a coleta seletiva. Desta forma, foram criados dois abrigos para o armazenamento do lixo gerado na escola separando os que são recicláveis e os orgânicos. Assim, é possível tomar as providências para a destinação ambientalmente correta de cada material;

Conforto ambiental e saúde: Os projetistas conseguiram aprimorar a utilização dos brises da fachada, aproveitando ao máximo a iluminação natural. O acesso abundante à luz do dia melhora o conforto visual dos usuários, além disso, telhas metálicas também reduzem a incidência solar direta e excessiva, diminuindo a carga térmica do ambiente. Outro fator que garante o conforto térmico – e ainda por cima melhora a qualidade do ar – foi a elaboração do projeto arquitetônico de forma que favorecesse a ventilação natural cruzada. Já na questão de conforto acústico, a utilização de isolante acústico no contra piso da quadra esportiva, lã de vidro na cobertura e portas maciças do tipo mexicana nas salas de aula bloquearam a propagação de ruídos e barulhos.

A equipe gestora, em 2021, implantou o PEI (Programa de Ensino Integral) que é definido como uma estratégia que estabelece um planejamento escolar individualizado, que contém as necessidades específicas do aluno, cuja avaliação e revisão são realizadas periodicamente.

Diretor = Paulo Cassemiro

Vice-diretora = Marcia Rodrigues Pereira

PCA = Alessandra Vaz de Almeida